sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Tributo à Guilhermina...



O amor nasce no coração, também na plantação...
Enquanto ela falava, cá com meus botões eu Drummondeava...
O amor bate na aorta, também bate na horta...
Ela falava que todos os resultados bons, flui do amor...
O verde esperança da vida
Bem como o verde verdura das folhas...
E eu a admirava sem limites...
Dentro da aorta ou na horta gritava...
Dindinha é GENIAL...

Paulinho Almeida.
‪#‎TempodeVersos‬.
04.10.2.015.

Elas...



Então, elas de mãos dadas
Cruzaram a sala de star
Olharam entre os sofás
Correram até a cozinha
Agacharam para ver embaixo da mesa
Em disparada foram ao quarto
Nada, não encontraram nada...

Subiram os degraus numa correria
Chegaram ao sótão...
Lá no sótão, objetos diversos...
Nada abjeto, baixo...
Tudo com possibilidade de uso...
Foram tirando um a um dos objetos
Bateram a poeira, limparam sujeiras...

Trouxeram à tona esperanças...
Memórias, histórias, significados...
Tudo estava em quase desuso
Quase escuso, quase me esquivo...
Mas seus olhinhos brilhantes
Fez ressurgir em mim esperanças...
Só poderia mesmo serem anjos/crianças...
Ana Cristhina e Anabella...

Juntei - me a elas...
Tornei - me criança...
Suspirei profundo...
Ainda tenho em mim um ser criança...
Graças a elas...
Ana Cristhina e Anabella...

Paulinho Almeida.
‪#‎TempodeVersos‬.
06.10.2.015..

Paralella, AnaBella...



"Lembro-me de ti
Nesse instante absoluto,
A vida conduzida por um fio de música.
Intenso e delicado, ele vai-nos fechando num casulo
Onde tudo será permitido.
Se é só isso que podemos ter,
Que seja forte. Que seja único.
Tão íntimo quanto ouvirmos a mesma melodia,
Tendo o mesmo - esplêndido - pensamento".

Paulinho Almeida.
‪#‎TempodeVersos‬.
14.10.2.015.
Obs: Quando AnaBella está no meu colo, não aceita ninguém pegá-la, a não ser sua mãe, para amentá-la...
Amo, amo, amo...

terça-feira, 23 de junho de 2015

Parece Prece...



Parece prece quando "meu bem" aparece...
Fico sem pressa, felicidade transborda...
A minha alma acorda, meus olhos mergulham nos teus...
Torpor, um pouco fora de mim...
Totalmente inserido em ti, não sou mais eu...

Encontro de braços, de bocas, balé de pernas, corpos suados...
Amantes apaixonados, deuses inciumados...
Anoitece, o sol se esconde em nossa homenagem, a lua discreta desperta, convida as estrelas dispersas...
Parece prece quando "meu bem" aparece...

Paulinho Almeida.
‪#‎TempodeVersos‬.
20.06.2.015.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

À DERIVA...



O DESCONHECIDO abriu uma das janelas para dar mais alguma luz, ofereceu ao MORIBUNDO a melhor cadeira e foi por um instante ao interior da vida. Dela - a vida - extraiu o melhor sumo, sumindo entre os moribundos, todavia deixando o melhor de Si...

Apesar de Ser quem sempre foi...

Nada sabia, nada conjeturava; eram tudo dúvidas e oscilações...

Sua frase mais "lúcida", sobrecarregada de humanidade: "Porque me desamparastes?" Me fez sentar na melhor cadeira que me ofereceu...

Assumi com todas implicações a vida que ele me ofereceu, moribundo, perambulando, continuo a caminhada, totalmente VOLÁTIL...

"Criou-se eternamente humano e menino...

Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro.
Ele é a Eterna Criança, o deus que faltava.
Ele é o humano que é natural.
Ele é o divino que sorri e que brinca.
E por isso é que eu sei com toda a certeza
Que Ele está por perto verdadeira-mente..."

Estarei sempre à deriva, permitindo que o pensamento flutue ao sabor do VENTO...

Repito, VOLÁTIL...

E-ter-na-mente...

Paulinho Almeida.
#TempodeVersos.
27.04.2.013.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Ser...



És como o rio...
Que nasce entre pedras, nas montanhas.
Desce lânguido, suave.
Vai contornando obstáculos,
Em busca da terceira margem, agora caudaloso.
Não sabes que teu destino é o mar?

Mesmo sem saber teu destino, desce...
É inato, está encrustado nas paredes da tua memória...
O mar quer abraçar-te, envolver-te entre os braços...
Misturar-se em tua essência, transformar tua adolescência, fazer-te adulto, dar-te indulto...

Fazer-te com ele, mar; só para morrer de amar...
Despir-te do mal de não saber teu destino,
Desmistificando a procura pela terceira margem,
Trazer à tona que teu destino é tornares MAR...

Paulinho Almeida.
‪#‎TempodeVersos‬.
25.05.2.015.

sábado, 18 de abril de 2015

Carol Lago...



Porque és Lago...
“Ondas no lago sereno,
Vento repentino,
Ares de menina...
Repentina paz...”

Todavia, por dentro és mar...
Quando sorrir, faz transbordar tal mar...
Pois teus cabelos acompanham o teu riso...
Teus olhos arregalados riem
Tua boca transparecem clara, dentes esbranquiçados...
Neruda diria:
“Tira-me o pão, se quiseres,
Tira-me o ar, mas
Não me tires o teu riso...”

As estrelas sorriram ao te ver nascer...
Agora debruçam nas janelas do céu ao te ver passar...
O sol pede que as estrelas se afastem e diz:
Eu a iluminarei o dia todo...
Todavia, se esconde por traz do mar, 
porque mais que lago, és mar...

Tímida, surge à lua, nem ousa competir com ela...
Apenas lança raios prateados como quem diz:
Estou contigo, durma bem meu bem...
Nova manhã, nova-mente, cabelos encaracolados...
Carol Lago, todavia, um mar à se amar...

Pauliunho Almeida. #TempodeVersos. 22.03.2.015.

Obs: Carol é hoje uma linda moça, eu a vi nascer, acompanhei de perto seu crescimento, pois sou amigos dos seus pais desde a eternidade passada!!! Beijos à toda família, Lago&Ventura!!!

quinta-feira, 5 de março de 2015

Reconciliação, um tratado de paz!!!



O extraordinário Salmo 23.

É difícil fazer uma interpretação precisa de um versículo num contexto como este. Já tentei discernir o texto por vários ângulos, utilizei traduções diferentes, visitei o original hebraico, analisei interpretações de especialistas…
Mas para ser honesto, o que aqui lhe trago é apenas a minha forma de percebê-lo. E não apenas isso, mas também o meu desejo de encarná-lo na vida, existencializar a poesia transformando letra em carne, mesmo sabendo que, muito provavelmente, não era isso que Davi tinha em mente quando o escreveu.
Minha escrita eu construí a partir de um sem número de observações… fui ouvindo as pessoas, anos seguidos, e de tanto ser exposto aos seus medos, dramas e dores, formatei esta imagem alegórica que hoje carrego em mim, não me sai da cabeça…
A sensação que tenho é de que há gente que mais se parece com postes por onde passam imagens, sons, palavras, ações e sentimentos. Elas possuem centenas de “fios emaranhados”, muitos dos quais desencapados, em flagrante perigo. Creia-me, há pessoas que se especializaram em construir “gambiarras” na alma; é tanto “liga” aqui, “desliga” ali, que, ao depois, não se sabe mais o que leva ao que…
Essas “interseções de fios” nada mais são do que os relacionamentos que travamos, sejam afetivos, familiares, profissionais ou de amizade, os quais, por vezes, entram em “curto circuito” por motivos dos mais diversos. É triste, mas me parece que à medida que o tempo avança e “devora” a vida, tanto mais as pessoas vão se tornando solitárias, muitas de suas relações, literalmente, acabam se “incendiando”, terminam em cinzas e silêncio.
Por isso, no meu “Salmo 23”, peço a Deus para por na minha presença uma mesa onde estejam todos os meus desafetos. Sim, digo isto porque você não senta com inimigos a mesa, você os enfrenta no campo de batalha. Pedir uma mesa na presença de adversários é algo, provavelmente, impensável, eu sei, mas é esse o meu desejo.
O motivo é bem simples: essa mesa pode ser a única possibilidade de reatar laços partidos, resgatar amigos perdidos, reaver momentos que seriam bons, mas que foram desperdiçados para sempre…
Nessa mesa eu poderia usufruir de gargalhadas que nunca serão dadas, e de alegrias não experimentadas, abraços que foram esquecidos, mãos que não mais se tocaram e até lágrimas de solidariedade que, com absoluta convicção, me teriam serventia como consolo e abrigo nos dias cinzentos, dias de sombras e solidão.
No meu “Salmo 23”, a mesa se põe na presença dos inimigos para que eles possam novamente se sentar ao meu lado, para que seja possível haver perdão, cura e libertação.
Na minha mesa, o óleo que desce sobre a cabeça sara a consciência e produz saúde que pacifica a alma, e o cálice está sempre transbordando o vinho da alegria, deixando vazar o regozijo que há quando na vida torna-se possível o reencontro, a reconciliação.
Quão bom seria poder sentar nesta mesa, fosse eu convidado de outrem, fosse o anfitrião da festa do perdão. Pena que a realidade nos revele um cenário tão diferente, pois nele é a intolerância e o rancor que são servidos como prato principal, nunca a paz e o perdão.
Por isso, se te for possível, reconcilia-te ainda hoje com o teu semelhante, ponha perante ti e ele uma mesa, e conclame a Deus como tua testemunha deste ato de grandeza. Sim, amigo, faça isso enquanto ainda há tempo, pois talvez chegue o dia em que a tua mesa seja apenas feita de lonjuras e distâncias e nela tu estejas completamente só...

Paulinho Almeida.
#TempodeVersos.
06.03.2.015.



sábado, 7 de fevereiro de 2015

Frequente-mente...




Enxergar tem tudo a ver com chegar,
Os opostos se distraem,
Os dispostos se atraem,
Os felizes, release...
Sendo assim, assim será...

Paulinho Almeida.
‪#‎TempodeVersos‬.
31.01.2.015..

Se tenho carências...



Sim, são tantas...
De amizade sincera...
De sorrisos largos...
De abraços aconchegantes...

De vinhos espumantes...
De livros que me livram...
De olhares profundos que encontram o fundo da alma...

Da calma que acalenta...
Da cama que alimenta...
Do sono que faz sonhar...
Da eternidade onde tudo é...

Paulinho Almeida.
‪#‎TempodeVersos‬.
24.01.2.015..

domingo, 18 de janeiro de 2015

Espetáculo...



Então o sol escalando os mares, sem temer que as águas o afoguem, nasce...
Rompe a escuridão das muitas águas, vem voluptuoso, corajoso, derramando raios, dourando as águas e algo mais...
Depois cansado, debruça sobre o mesmo mar, sem nenhum medo dorme...
Para então no dia seguinte tudo recomeçar...
Acho que isso é amar...

Paulinho Almeida.
‪#‎TempodeVersos‬.
18.01.2.015.