O Mito da Caverna.
O Mito da Caverna narrado por Platão no livro VII do Republica é, talvez, uma das mais poderosas metáforas imaginadas pela filosofia, em qualquer tempo, para descrever a situação geral em que se encontra a humanidade. Para o filósofo, todos nós estamos condenados a ver sombras a nossa frente e tomá-las como verdadeiras. Essa poderosa crítica à condição dos homens, escrita há quase 2500 anos atrás, inspirou e ainda inspira inúmeras reflexões pelos tempos a fora. A mais recente delas é o livro de José Saramago A Caverna.
A Condição Humana.
Platão viu a maioria da humanidade condenada a uma infeliz condição. Imaginou (no Livro VII de A República, um diálogo escrito entre 380-
Libertando-se dos grilhões.
Se por um acaso, segue Platão na sua narrativa, alguém resolvesse libertar um daqueles pobres diabos da sua pesarosa ignorância e o levasse ainda que arrastado para longe daquela caverna, o que poderia então lhe suceder? Num primeiro momento, chegando do lado de fora, ele nada enxergaria, ofuscado pela extrema luminosidade do exuberante Hélio, o Sol, que tudo pode, que tudo provê e vê. Mas, depois, aclimatado, ele iria desvendando aos poucos, como se fosse alguém que lentamente recuperasse a visão, as manchas, as imagens, e, finalmente, uma infinidade outra de objetos maravilhosos que o cercavam. Assim, ainda estupefato, ele se depararia com a existência de um outro mundo, totalmente oposto ao do subterrâneo em que fora criado. O universo da ciência (gnose) e o do conhecimento (episteme), por inteiro, se escancarava perante ele, podendo então vislumbrar e embevecer-se com o mundo das formas perfeitas.
“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”, disse Jesus de Nazaré. Conhecer a verdade implica também em admitir realidades, e a admissão da realidade é o primeiro passo para que tal realidade seja mudada.
Em Jesus de Nazaré vive-se este projeto absoluto de libertação; posto que as religiões criam novas-velhas cavernas que impossibilitam o ser humano de ser humano. O cristianismo institucional é uma caverna que aprisiona. Deus em Jesus de Nazaré não criou os evangélicos; todavia expôs o Evangelho cheio de graça e de verdade para que víssemos sua glória!!!
Pense nisso!!!
Paulinho Almeida.
Então!!!
ResponderExcluirComo é mesmo esse negócio de sair da caverna?
Será que temos mesmo a noção do desconcerto que acontece em nossa vida quando começamos a nos remexer na cadeira, acorrentados e protegidos em nossa zona de conforto? E quando saímos lá fora e ficamos cegos pela luz da Sol, da verdade que sempre intuímos mas achavamos que estavamos loucos. Lembro de Paulo, treis dias cego pela forte luz que o encontro no caminho. Fico impressionado como essas estorias falam de verdades tão profundas. Grande abraço.