quinta-feira, 28 de maio de 2015

Ser...



És como o rio...
Que nasce entre pedras, nas montanhas.
Desce lânguido, suave.
Vai contornando obstáculos,
Em busca da terceira margem, agora caudaloso.
Não sabes que teu destino é o mar?

Mesmo sem saber teu destino, desce...
É inato, está encrustado nas paredes da tua memória...
O mar quer abraçar-te, envolver-te entre os braços...
Misturar-se em tua essência, transformar tua adolescência, fazer-te adulto, dar-te indulto...

Fazer-te com ele, mar; só para morrer de amar...
Despir-te do mal de não saber teu destino,
Desmistificando a procura pela terceira margem,
Trazer à tona que teu destino é tornares MAR...

Paulinho Almeida.
‪#‎TempodeVersos‬.
25.05.2.015.